Já faz um tempo que quero postar sobre este assunto:
estava na minha caixa de rascunho e faltava apenas um “impulso” pra finalizar.
Uma amiga querida me enviou um link sobre os relatos da sua experiência de
parto e a participação do papai naquele momento tão importante: www.mariacarlacoronel.com.br
– era o que eu precisava pra compartilhar o que penso a respeito.
Já ouvi muito falar que alguns pais ganham peso na
mesma proporção que sua companheira durante a gestação. Super acredito –
afinal, eles também estão cheios de expectativas e ansiedades.
Acredito super na participação dos futuros papais em
todos os momentos da gravidez – tivemos um ultrassom (acho que foi o segundo)
em que o Dani não pôde comparecer e que ele se arrepende até hoje – Cheguei em
casa contando o que vi e senti: “Nunca mais vou perder nenhum exame de urina
sequer!”, ele concluiu.
Cada movimento, cada sensação diferente ou cada
pensamento que tenho é compartilhado. Às vezes maridão está está viajando a
trabalho e nos falamos por telefone algumas vezes por dia – no meio da conversa
sempre tem uma pausa e anuncio: “Amor, Nicola acabou de chutar”, e com
detalhes! – “Acho que foi o pezinho dele desta vez”.
Após afirmações como estas é possivel “sentir” o
sorriso do papai de plantão de orelha a orelha do outro lado da linha.
Sempre quis que ele se envolvesse mesmo – afinal, se
tem mamães que reclamam que os papais não ajudam com o baby, talvez seja porque
elas não o tenham envolvido o suficiente e eles se sintam incapazes?! Ou não
tem vontade mesmo.
Outro dia estávamos conversando sobre isso e ele disse
a coisa mais doce que eu poderia ouvir: “Amor, estou louco pra que o Nicola
chegue. Quero experimentar como é ficar acordado de madrugada com ele, chegar
em casa e dar banho, saber como é colocar ele pra dormir....” e aí estragou
tudo: “Só não me peça pra trocar fraldas”! Só rindo mesmo – Ainda bem venho mantendo o bom humor a gestação inteira.
Não sei exatamente como vai ser. Apesar de outras
mamães me dizerem pra esquecer os meus banhos longos e demorados, como mamãe de
primeira viagem idealizo que poderei continuar com eles - quentinhos e
relaxantes - enquanto papai toma conta do Nicola. Sonhar pode, não pode?
No auge das minhas 29 semanas de gestação (quase 30!)
muito além do fato de trocar fraldas, começo a pensar em como tornar prático o
meu desejo de ter o papai o mais perto possível.
Fato é que tudo o que a mamãe sente, o baby sente.
Então se fosse uma questão matemática, a fórmula da familia feliz seria simples
(e olha que nem de matemática eu entendo!):
Explico: Além de toda a ajuda essencial necessária com
todas as novas tarefas, rotinas e experiências, a coisa mais importante de toda
a ajuda que o papai poderia oferecer é o cuidado com a mamãe, o carinho e o
suporte que ela precisar.
Entendendo isso, o próximo passo é instruí-los! Alguns
papais podem (e vão!) surpreender as mamães quando elas menos esperarem! Pode
ser que depois de horas tentado acalmar o Nicola, o Dani em 2 minutos consiga
fazê-lo dormir – não tenho dúvidas de que isso vai acontecer!
Mas pode ser também que eles se sintam um pouco
perdidos, mesmo querendo ajudar. A mulher, não generalizando, tem o senso um
pouquinho mais aguçado em relação aos bebês – apesar de parecer óbvio porque
somos nós que os carregamos por 9 meses, e Deus é perfeito, certo ?
Let it
be
Então
deixe fluir.
Baby Nicola ainda não nasceu, mas penso muito nas coisas
que quero fazer para o Dani estar envolvido, preparado, entusiasmado e feliz.
Um livro que li a muito tempo atrás dizia que “a melhor forma de conseguir que
alguém faça alguma coisa não é apontando a obrigação, e sim conseguindo uma
forma de convencê-la a desejar realizar aquela tarefa. Isso significa, na
prática, que se ela fizer por obrigação, tenha certeza de que não sairá bem
feito – e muitas reclamações virão. Se ela fizer porque está feliz ao realizar,
será perfeito.” – Nunca esqueci.
Blogs como o meu são muito comuns (sou apenas “mais um
na multidão!), em que gestantes e mamães de primeira viajam relatam tudo aquilo
que sentem.
Mas em minhas pesquisas (com interesse de ter algum
material que o Dani gostasse de ler a respeito) encontrei alguns blogs de papais
(sim, do sexo masculino) contando suas aventuras ao lado de sua esposas – desde
a gestação em si, dicas, o momento do nascimento, o cuidado com os bebês e
expressões de como eles se sentem com cada situação. Fascinante!
Talvez o papai do seu baby possa se sentir aliviado em
saber que ele não é o único a sentir muitas alegrias – e alguns medos também –
ou até a sensação de ficar apavorado por não saber o que está por vir.
Desde a sua gestação, encoraje-o a estar grávido com
você. Compartilhe as delícias de cada movimento, de cada sensação diferente, de
cada expectativa e de cada ansiedade. Cada idéia, cada medo, cada frustração.
Cada dor, cada leitura, cada informação.
E lembre-se: “Alegria de verdade só vale apena quando
se tem alguém com quer compartilhar”.
Enjoy!
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